terça-feira, 5 de outubro de 2021

Lev Tolstói, Anna Karénina

 


Editorial Presença, 2014


À medida que fui lendo este livro, vêm-me à mente estas palavras de Walt Whitman em Canto de Mim Mesmo, secção LI, p. 143 (trad. de José Agostinho Baptista, Lisboa, Assírio & Alvim, 1992):


Contradigo-me?

Muito bem, então contradigo-me,

(Sou imenso, contenho multidões).


É exatamente isto o que este livro é: 170 e tal personagens (das quais muitas são por vezes algo e o seu contrário), abarcando uma multiplicidade de temas. 

Tudo escrito de uma forma acessível e interessante para todos (mérito da tradução que também é maravilhosa). Além disso, , as técnicas de narração usadas por Tolstói não são muito evidentes, e os nossos olhos e espírito deslizam por estas páginas com verdadeira delícia.


As minhas personagens preferidas: Anna e Alexei, porque não são tontinhos, têm muita grandeza. Todos os outros são um pouco tolos – é, aliás, na caracterização das personagens, muito mais do que nas situações, que Tolstói revela um sentido de humor apuradíssimo que perpassa subtilmente por todo o livro.


O livro é sobre a paixão de Anna por Vronski… ou sobre a aversão de Anna pelo seu marido, Alexei Aleksândrovitch? Que, aliás, tem o mesmo 1º nome que Vronski, o que não deve ser por acaso: como se Tolstói propusesse que a paixão e a aversão sejam duas faces da mesma moeda (mas que moeda? Da nossa afetividade? Uma questão interessante…)

Ora, qual é a que está mais presente em todo o livro, a paixão ou a aversão? Sinto que a segunda e, pelo menos, de forma muito mais dramática e intensa.

Aliás, Alexei Aleksândrovitch representa bem o quanto os homens em geral se sentem mais perdidos face aos imprevistos dramáticos da vida do que as mulheres. E, neste livro, Tolstói retrata melhor (quer dizer, mais intimamente e mais verosimilmente) os homens do que as mulheres.


Alguns dos temas tratados (incluo aqui apenas 12 grupos):

- 2 grandes questões:

Anna está errada moralmente, tanto no adultério como no suicídio? 

E o marido, estará errado com o seu conformismo aos ditames da sociedade (desse conformismo vem a angústia dele quando não sabe bem quais serão esses ditames em determinadas situações particulares)?

- Casamento, amor, paixão e vida familiar.

- Adultério, ciúmes e sociedade.

- Como a razão prisioneira de emoções negativas e apetites fortes pode levar à desgraça (Anna?). E como a razão pode ser usada para justificar o injustificável (marido de Anna para justificar não duelar).

- Mistério dessa entidade chamada “povo”.

- Incomunicabilidade essencial do ser humano: inclusivamente, mostrada até à última página, onde Lióvin decide nada dizer à sua mulher Kitty sobre a revolução que se deu no seu espírito. 

Aliás, para ilustrar esta incomunicabilidade, Tolstói está sempre a mostrar como os encontros aqui são quase sempre desencontros: veja-se Anna e Vronski, com o seu contraponto positivo Lióvin e Kitty (mas sempre desencontro até ao fim); até mesmo Laska, a cadela, e Lióvin!

E como as consequências desta incomunicabilidade só podem ser positivamente orientadas por atos de compaixão e de perdão; onde isto não acontece, está tudo perdido (observe-se como Kitty salva tudo o que pode ser salvo tornando-se compassiva): Aleksei e Anna, Vronski e Anna, Stepan e Dolly, Lióvin e Kitty, Lióvin e Nikolai, etc.

- Agricultura, em particular como metáfora de várias realidades: como motivar as pessoas a envolverem-se no seu trabalho; como introduzir modernizações; e como as pessoas, suspeitando de manipulação (porque não tomaram a iniciativa nem foram envolvidas nas decisões), resistem passivamente mas com muita eficácia (até ao cansaço de quem dirige).

- Onde está o lado certo vital para o ser humano: no campo (longe da civilização e em contacto estreito com a natureza), na família e no silêncio inteligente e humanamente gerido.

- Política da época: cenas ultrapassadas ou ainda atualíssimas?

- Fé e razão.

- Avanço com uma hipótese de explicação para os ciúmes de Anna. Anna está tão ansiosa por se libertar das peias da sociedade que o adultério com Vronski está longe de ser suficiente. Ora, Anna talvez ache que o que transgrediu ainda tem alguma justificação, mas com mais outras transgressões já não teria. Assim, ela não é capaz de aceitar e de trazer à consciência este aspeto de si mesma. Daí que o projete em Vronski, acabando por condicionar o comportamento e os sentimentos deste. 

(por exemplo: mulher - tu não queres saber de mim, estás sempre fora. Marido – não quero estar em casa para ouvir queixas, vou sair. Mulher – aí está, estás sempre fora!, etc., etc.)


A sociedade tem regras, mas também tem maneiras de suavizar o seu cumprimento e tem até algumas portas de saída: o divórcio é uma delas. O ponto fraco deste livro parece-me que está em não se perceber muito bem porque é que Anna se recusa divorciar do seu marido. A razão apresentada é assim ter de ficar sem o filho Serioja; mas ela ficou sem ele na mesma! Aliás, Anna é a personagem que mais dificilmente pode ser compreendida, porque aparece cheia de contradições (Alexei também tem contradições, mas percebemo-las). Na verdade, Tolstoi perde-se um bocado nas mulheres.


Porque Anna sente ciúmes de Vronski? 1º, porque as mulheres estão muito mais desamparadas em caso de adultério, logo sentem-se muito mais inseguras com razão; 2º, porque ela foi infiel e sabe que a infidelidade pode acontecer (mas Vronski também foi e não sente muito ciúmes); 3º, uma razão que normalmente se dá, mas que é falsa na maior parte dos casos, é ela amar profundamente Vronski; ora, sabemos hoje que os ciúmes não são a consequência nem o resultado de um amor profundo.


Repare-se que o retrato que Tolstói faz das personagens não é muito lisonjeiro, mas choca mais por ser injusto relativamente às mulheres, já que a elas não era permitida uma educação superior (até 1868, elas não tinham acesso às universidades). Até a discussão sobre a educação feminina (390), feita exclusivamente por homens, não é muito brilhante, Tolstói tinha infinitas capacidades para fazer muito melhor.


(38), 2º e 3º parágrafos

Tolstói revela aqui duas realidades que se prolongaram ainda muito no tempo..

A primeira é como era atroz o desconhecimento dos homens sobre as mulheres. E, marginalmente, dos adultos sobre as crianças – o cap. 26 da Quinta Parte mostra, sem precisar de explicar, como as crianças têm de ser consideradas “inteiras” em si mesmas, e não como adultos com “deficiências” (reconheço que é algo que talvez não seja fácil conseguir fazer).

Eu ainda vivi intensamente este desconhecimento: o meu primeiro livro de educação sexual ainda dizia que a vagina era um pénis ao contrário; líamos Freud dizer que “A mulher é o continente negro da psicanálise”; ou Lacan que “A mulher não existe”; ou ainda Pierre Vachet escrever o livro “Mulher, esse enigma psicossexual”; etc.

Este desconhecimento tomava a forma concreta de uma total fantasia sobre a mulher ou como um ser ideal, ou como uma “perdida” (mulher de má vida), ou ainda como um ser funcional e estereotipado (dona de casa, mãe dos filhos, e pouco mais).

A segunda realidade revelada por Tolstói é a confusão que se faz habitualmente entre amar e apaixonar-se (repare-se, aliás, como o segundo conceito é formulado sob a forma reflexa), confusão que serve para alimentar muitos romances (talvez incluindo este). Parecem conceitos iguais, mas são distintos. E a principal distinção está nos picos de sofrimento e de felicidade que a paixão habitualmente traz, fazendo as pessoas oscilarem entre o céu e o inferno. 

Mas ninguém consegue viver nem num nem noutro constantemente. E, por isso, a paixão, mais tarde ou mais cedo, acaba. Às vezes, a sua vivência prolonga-se diluindo-se nas águas mais tranquilas do amor; outras vezes, não, ficando apenas o deserto e/ou a devastação.

A paixão talvez seja suscitada pelo desejo do que se não tem, a um nível psíquico profundo. Enquanto o amor celebra o que se tem, em si e no outro, e sente-se feliz com isso (se não se sente feliz, então surge o enfado que é talvez o oposto do amor). Este traduz-se, então, em respeito, empatia e valorização do outro.

Uma outra distinção é que o amor, por inerência e definição feliz (por isso, todas as religiões insistem na tecla do amor ao outro), pode chegar a toda a gente, pois ele pode surgir e ser mantido de muitas maneiras diferentes. Simplificando, toda a gente pode conseguir ser “amável”, sendo esta amabilidade uma das portas mais atrativas para acolher o nascimento do amor entre duas pessoas (estou a falar por experiência própria).

Dito isto, no entanto, no fundo, o amor e a paixão nunca deixam de ser um mistério. Por isso, talvez nunca cheguemos a saber responder à questão: o que leva duas pessoas a apaixonarem-se ou a amarem-se uma à outra?


(214) e outras

A personagem de Alexei Aleksândrovitch, marido de Anna, é tratada por Tolstói de forma particularmente interessante e digna e, por isso, pouco convencional.

Tolstói retira-lhe todo o ridículo, dá-lhe traços humanos comuns a todos nós: não saber o que fazer, refugiar-se no trabalho, não saber expressar os sentimentos que o atravessam, planear um comportamento e depois ter outro, sofrer em silêncio sem conseguir falar com ninguém, apresentar um diferencial entre o que mostra aos outros e aquilo que é por dentro (e Anna é particularmente cega para com ele neste aspeto).

Na minha opinião, nesta personagem, Tolstói mostra claramente o resultado a que uma educação emocionalmente deficiente pode dar origem. Curiosamente, esta afirmação também se aplica com propriedade a Vronski.


(215)

(...) O monstruoso desporto do combate com os punhos ou o das touradas espanholas são indício de barbárie. (...)

Nada tenho a acrescentar. Apenas chamar a atenção para a data de publicação deste livro: 1877, portanto há 144 anos.


(245-247)

Os dois irmãos, Serguei e Lióvin.

O primeiro tem uma teoria que, nas discussões e nas ações, lhe confere consistência e solidez, o que lhe permite ganhá-las.

O segundo não tem uma teoria consolidada porque está bem mais aberto a informação nova que lhe surja (o primeiro procura informação apenas para confirmar o que já pensa). Ora, esta postura traz-lhe vários problemas.

Um é não ter certezas, o que dá origem a ações mais erráticas e menos consistentes. 

Outro é que esta atitude mental leva-o a alterar a sua opinião. O problema está em que ela vai ficando cada vez mais complexa, o que dificulta formulá-la de forma suficientemente simples para poder ser "arremessada" contra o outro para ganhar uma discussão (e, por esse motivo, ele perde-as).

Gosto muito mais de Lióvin, mas na realidade somos habitualmente muito mais Serguei. O que nem sempre é mau. Para além de sermos mais eficazes na ação, dá muitas vezes bom resultado tomarmos previamente uma decisão racionalmente fundamentada (por exemplo de ser bom – 247), em vez de deixar isso para os impulsos do momento (infelizmente, Tolstói não aprofunda suficientemente esta questão).


(306)

Vronski não é má pessoa, como também não o é o marido de Anna. Não há pessoas más neste livro, como também não há pessoas boas: veja-se o modo como Lióvin vê os mujiques. O que há é pessoas educadas pela cultura e pressionadas pela sociedade onde se movem, que as pressionam muitas vezes para atos menos bons, ainda que aceitáveis socialmente.


(339 e 340), 4º parágrafo

Retrato de qualquer sociedade talvez moderna:

  • O povo não educado (mujiques) ou simplesmente muito mal educado – repare-se que não é por ter poucos conteúdos que se aprende mal, mas é a maneira de os aprender que os torna mal educados.
  • O diletante de ideias progressistas (e que em casa é retrógado)
  • O povo culto que tira conclusões superficiais da sua experiência de vida (por exemplo, na época atual, o povo é capaz de manifestações públicas contra ciganos, mas não contra banqueiros que nos sugam biliões; ou os intelectuais/escritores que acreditam no que veem escrito ou que lhes é dito - casos típicos de José Saramago nos Cadernos de Lanzarote e de Vergílio Ferreira no Conta.Corrente).
  • O idealista que busca uma solução realista (o que é bom, embora talvez não ótimo) e, ao mesmo tempo, simples (que nunca existe para problemas complexos).


(341), 2ª li

O método educativo por excelência: «achou maneira de criar nos trabalhadores o interesse pelo trabalho». Não se trata ainda de um método ideal, pois aqui propõe-se a recompensa e esta não é particularmente eficaz. Mas é muito melhor do que não se preocupar em suscitar o interesse dos alunos.


(353), último parág.

Um projeto para a vida (que, apesar de sabermos que nunca será completado, não deve ser razão para desistirmos dele) pode ser o melhor antídoto contra a consciência da nossa morte e do fim de tudo.

Repare-se que nem os crentes acreditam muito num Céu pós-morte porque, se acreditassem, seguiriam o que Jesus disse: «Se queres ser perfeito, vai, vende o que tens, dá o dinheiro aos pobres e terás um tesouro no Céu; depois, vem e segue-me.» (Mt 19:21)

Note-se como Tolstói, em todo o livro, tem uma sabedoria que vai passando para a escrita, um pouco como quem não quer a coisa, e sem explanações complexas, como nesta questão de como enfrentar a ideia de morte.


(398-409)

Descrição da paixão luminosa de Lióvin por Kitty está perfeita. 


(438/9)

Os problemas de Lióvin com a fé que quer adquirir por uma questão de honestidade, já que se vai casar pela igreja.

Tolstói parece propor que não é possível uma posição definida face à fé, pois ela só parece trazer incómodos, quando curiosamente ela aparenta ser a solução mais fácil.


(494)

Este é o único capítulo a que Tolstói dá um título: A Morte. É um relato dos últimos momentos de Nikolai, irmão de Lióvin. Um relato terrível, realista e assustador (é irresistível para mim comparar a dignidade dos seres humanos com a dos animais nos dias e horas que antecedem o morrer). Tolstói é brilhante, como mais tarte o seria com a sua obra A Morte de Ivan Ilitch.


(519)

(…) Esta possibilidade metia-lhe tanto medo que deixou de compreender fosse o que fosse. (…)

Que grande lucidez! Efetivamente, o medo excessivo estupidifica qualquer um (não só as crianças) e é por isso que utilizá-lo como instrumento educativo revela muito pouca sabedoria.

Estas páginas (514 e seguintes) dão-nos uma visão compreensiva da vida interior de um menino, Serioja. Lidas com cuidado, aprendemos imenso sobre o que é uma criança, e sobre o que a move e a motiva.

(…) Do ponto de vista do pai, Serioja não queria aprender o que lhe ensinavam. No fundo, nem podia aprendê-lo. Não o podia porque havia na sua alma exigências mais importantes para ele do que as apresentadas pelo pai e pelo pedagogo. (…) (520) E ele andava a aprender – com (…), mas não com os professores. Aquela água que o pai e o pedagogo esperavam para o seu moinho, há muito se desviara e trabalhava noutro sítio.

Imaginemos, noutros contextos, exigências como a fome, a doença ou a dor, a violência familiar, etc., etc., e ficamos a perceber porque tantas crianças não conseguem aprender. Não é que não estejam a aprender, só que não é o currículo escolar; provavelmente, estarão a aprender a sobreviver, que é uma das aprendizagens mais difíceis de se fazer sozinho.

Mais uma vez, refira-se como Tolstói não é de teses, preferindo mostrar a sua lucidez e sabedoria no meio da história que está a contar.


(623)

«--------------»: Isto significa  que Tolstói não podia escrever “esterilização”?


(666)

(…) O papá diz, e diz bem, que quando nos educavam havia só um extremo: punham-nos a viver nas águas-furtadas, enquanto os pais viviam na sobreloja; agora é ao contrário: os pais na cave, os filhos na sobreloja. Hoje em dia os pais não devem viver a sua vida, é tudo para os filhos.

Já em 1878 existia este mito absolutamente falso, como múltiplas investigações o comprovam. Obviamente que existe alguma indulgência parental que nasce principalmente do facto de muitos pais não conseguirem estar quase tempo nenhum com os seus filhos e chegarem a casa esgotados do seu trabalho. Mas esta indulgência não significa atenção de qualidade, tempo de qualidade, apoio de qualidade em relação aos filhos, muito pelo contrário. Normalmente, significa oferta de objetos que entorpeçam os filhos (televisões, playstations, smartphones, etc.) e, na melhor das hipóteses, muitas críticas e gritos. Na realidade, em Portugal, 3 em cada 4 crianças são maltratadas pelos pais; 1 em cada 10 são vítimas de maus tratos violentos – ver relatórios do Projeto Geração XXI.


(758)

Mais uma vez, o estilo de Tolstói de mostrar mais do que explicar. Agora, trata-se de mostrar porque é que o suicídio é reprovável (1º parágrafo). Depois (3º parágrafo), como um projeto que envolva o espírito e o corpo é o melhor antídoto contra o desespero (embora uma guerra não seja em absoluto o melhor exemplo de projeto…)


(764)

(…) O organismo, a sua destruição, a conservação da matéria, a lei da conservação da força, a evolução – eram tudo palavras que substituíram nele a antiga fé. Estas palavras e os conceitos que lhes estavam ligados eram muito bons para fins intelectuais; mas não davam de modo algum para a vida, (…)

A conclusão de que as ideias científicas não dão para a vida é-me surpreendente.

As ideias científicas, por darem uma segurança baseada na observação objetiva da realidade, são um conforto e um apoio que as ideias religiosas não dão. Eu acho que são estas que, pela sua fantasia sempre tão distante da realidade, não dão para a vida.

O único problema da ciência é, para falar verdade, aquilo que a aproxima das ideias religiosas: é quando chega a ideias erradas e as defende como se fossem verdades últimas a serem aplicadas sem qualquer critério ético aos seres humanos – veja-se o exemplo do conceito de raça; ou de eugenia (tanto a positiva como a negativa).

Porque a razão está muitas vezes errada. Lióvin mostra-nos nesta passagem (775) como a razão nos leva a conclusões completamente erradas: (…) A razão revelou-me a luta pela existência e a lei que exige que estrangule todos os que impeçam a satisfação das minhas necessidades. É essa a conclusão da razão. Quanto ao amor ao próximo, a razão não podia revelar porque é insensato.


(793)

Subscrevo inteiramente as últimas palavras do romance:

(…) mas a minha vida, toda a minha vida, independentemente do que me possa acontecer, cada minuto dela, não só não está privada de sentido, como antes, mas tem um indubitável sentido do bem e tenho o poder de a preencher com ele!

Eu acrescento apenas o sentido da beleza, para mim igualmente imprescindível.


Sem comentários:

Enviar um comentário

Julian Barnes – O Papagaio de Flaubert

  Quetzal, 2019 Julian Barnes é o mais continental dos escritores anglo-saxónicos. Entre outras coisas, vê-se isso pelo fascínio que ele dem...