sábado, 14 de agosto de 2021

Papa Francisco, Fratelli Tutti, 10.

 


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Sonhos desfeitos em pedaços

10. Durante décadas, pareceu que o mundo tinha aprendido com tantas guerras e fracassos e, lentamente, ia caminhando para variadas formas de integração. Por exemplo, avançou o sonho de uma Europa unida, capaz de reconhecer raízes comuns e regozijar-se com a diversidade que a habita. Lembremos «a firme convicção dos Pais fundadores da União Europeia, que desejavam um futuro assente na capacidade de trabalhar juntos para superar as divisões e promover a paz e a comunhão entre todos os povos do continente». E ganhou força também o anseio de uma integração latino-americana, e alguns passos começaram a ser dados. Noutros países e regiões, houve tentativas de pacificação e reaproximações que foram bem-sucedidas e outras que pareciam promissoras.

O interessante é que nos demos muito positivamente com esse caminho para uma integração mais alargada de tod@s. As pessoas viviam mais felizes, com maior bem-estar material e com mais esperança no futuro. Tratavam-se de aspirações que nos conferiam dignidade e que serviam para nos elevar sem precisarmos de diminuir ninguém. E, por isso, nos faziam sentir bem. Porque percecionávamos o bem tanto à nossa volta como à nossa frente.

O que confirma a ideia da ciência de que as sociedades que incluem a diversidade são boas para a sobrevivência da espécie, tanto no sentido geral, como nos mais restrito âmbito das empresas.

Diversidade superficial, evidentemente, já que no essencial somos todos igualmente humanos (por exemplo, não existindo sequer uma coisa chamada de “raça”).

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